27.1.20

Padrones


O que o agro pode esperar dos drones?

Tecnologia promete redução de tempo, custo e precisão de aplicação



O mercado de drones está mais do que em alta. Prova disso é que do ano passado para cá o número de empresas que produzem, desenvolvem softwares ou prestam serviços com drones quase triplicou no país. O número de cadastrados aumentou  55% em um ano. Em 2019, o sistema de cadastros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conta com 71.561 drones cadastrados, sendo 26.016 profissionais e 45.545 recreativos. 
Um setor que representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB)  não poderia ficar atrás. Só o agronegócio já é 40% do total do mercado de drones. Nos últimos anos também cresce o número de novas empresas voltadas para produzir tecnologia para os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants). São mais de 300 agtechs que trazem no DNA a inovação que assegura um bom negócio e inúmeras vantagens para o produtor rural. 
Da mudança de planos à oportunidade
A pulverização exerce papel muito importante em uma lavoura. Proteção contra pragas, doenças, insetos e a nutrição que a planta precisa para resultar em produtividade. Pulverizar é distribuir a planta em pequenas partículas e tentar alcançar o máximo da lavoura, seja com máquinas ou com pessoas. Nem sempre isto é possível pelo tamanho do equipamento, pelo terreno e pela incidência de pragas em determinado ponto do talhão. No caso humano entram os riscos à saúde pelo contato com os químicos e a demora na conclusão do trabalho, muitas vezes, realizado sem uniformidade.
Nessa oportunidade que os drones encontraram mercado.  Primeiro o equipamento percorre a lavoura e identifica os locais onde há necessidade de fazer a aplicação. Os produtos usados posteriormente podem ser os químicos, apenas na área infestada, e os biológicos que podem ser usados para ovos de vespas em cápsula biodegradável, responsáveis pelo controle de pragas.
A ideia contagiou o Eduardo Goerl. Formado em Administração de Empresas, o jovem sempre teve a aviação no sangue. Foi piloto de avião e depois de um acidente começou a pensar em como era perigosa a vida dos pilotos, inclusive os de aviação agrícola, com manobras e sobrevoos baixos. Dessa necessidade surgiu a ARPAC. A startup, de Porto Alegre (RS), começou a se desenvolver em 2014 e operar em 2016. Todo o material utilizado no processo é da empresa: o drone, o software que controla o voo e o código que comanda o software. 
A ARPAC atende hoje 14 grandes empresas do setor e a definição de valor é feita por hectare percorrido, com valor negociado empresa a empresa.  Hoje as principais culturas atendidas são cana-de-açúcar, soja, café e frutas como uva e banana.
E quais as vantagens do drone?
Entre as vantagens para o agricultor está a economia de defensivos usados (em geral 80% menos), mais agilidade e precisão na aplicação e redução de custos (até 55% menos do que a aviação agrícola). Além disso:
- Analisa a plantação: com imagens de alta definição é possível identificar pragas e doenças, diferenças de cor que detectam fungos e até nematoides;
- Plantio: o equipamento pode ajudar na análise de quais áreas da propriedade estão mais ideais para a semeadura;
- Acompanhar a safra: podem ser feitos voos regulares que captam imagens e ajudam a analisar o desemprenho da lavoura no dia a dia;
- Pastagem e solo: com monitoramento é possível ver a qualidade do pasto e também ver em que pontos há necessidade de colher amostras de solo para análise;
- Água e estradas: pode identificar nascentes e apontar as coordenadas para abrir uma nova estrada.
- Vigilância: pode sobrevoar fazendo a segurança da lavoura, armazéns e divisas, bem como identificar pontos de incêndio;
- Na pecuária: os usos não atendem somente a agricultura. Na pecuária o drone pode ser usado para tocar a boiada, para monitorar, contar o gado, achar animais perdidos ou doentes.
Negócio milionário
A ARPAC é um bom exemplo da importância do drone para o agro. A startup acaba de captar um aporte de R$ 1,3 milhão para investir em expansão e suporte em cinco polos do agro estratégicos em logística e divulgação direto ao produtor. As cidades são: Jataí (Goiás), Jaú (São Paulo), Piracicaba (São Paulo), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Sorriso (Mato Grosso). 
Anteriormente a empresa já contava com R$1,2 milhão. Ao todo, o negócio captou 2,5 milhões de reais em aportes.
O Portal Agrolink conversou com o Eduardo que ajuda a esclarecer mais dúvidas sobre a aplicação dos equipamentos no campo. Logo abaixo temos um vídeo mostrando na prática o trabalho?
Portal Agrolink: Como você observa esse crescimento do uso de drones na agricultura?  Tem muito potencial a ser desenvolvido ainda?
Eduardo Goerl: A agricultura é enormemente beneficiada pelo uso de drones. Atualmente usamos drones para uma série de tarefas no campo que até pouco tempo atrás eram inviáveis financeira e operacionalmente para o produtor, e fazemos isto de uma maneira muito simples, com equipamentos estáveis e com operação automática. Já são muitas as aplicações de drones na agricultura. Todas têm potencial de reduzir o custo para o produtor e aumentar a produtividade. Diariamente estamos buscando novas soluções para os desafios da lavoura e ainda temos um longo caminho de descobertas e evolução nas tecnologias já existentes.

Portal Agrolink: Qual o diferencial quando se trata de pulverização?
Eduardo Goerl: A pulverização de químicos por drones é ideal para as aplicações localizadas e áreas difíceis. Se considerarmos as tecnologias de aplicação já existentes, como costal, trator, avião e helicóptero, o drone tem enorme vantagem de custo, velocidade e uniformidade de aplicação. Se compararmos um processo de “catação” de ervas daninhas em cana-de-açúcar (aplicação localizada), a mesma atividade com pulverizador costal teria uma duração muito maior e dificilmente teria a mesma qualidade de aplicação, o pulverizador não poderia entrar com estágio avançado da cultura e o helicóptero tem um custo total de operação maior que o drone. No mercado da soja, estudos mostram o impacto de plantas resistentes, como a Buva e o Capim Amargoso, para estes casos, também a aplicação localizada é uma solução que entrega qualidade de aplicação e velocidade necessária ao produtor. No caso de culturas como café, uva e banana, a pulverização por drone mantém distância constante do terreno mesmo em regiões montanhosas, dando ao produtor a possibilidade de controlar de doenças e pragas com agilidade.
Portal Agrolink: Qual tua área de atuação hoje (regiões e culturas)? Ideias de expandir?
Eduardo Goerl: Hoje trabalhamos com imagens, em parceria com a startup israelense Taranis, com liberação de inimigos naturais como Cotésia e Trichogramma, com a startup Agribela e fazemos pulverização de químicos. Estamos no Rio Grande do Sul, com base em Porto Alegre, em São Paulo, com base em Piracicaba e Jaú, em Jataí – Goiás e em Sorriso – Mato Grosso. Oferecemos pulverização e imagens em todos as unidades e biológicos nas unidades do estado de São Paulo. 
Portal Agrolink: Drone e produto biológico é um bom casamento sustentável?
Eduardo Goerl: O controle biológico cresce a passos largos no mundo. Mesmo assim, a aplicação destes produtos em grande parte ainda é feita de forma rudimentar, com trabalhadores caminhando nas lavouras e soltando estes insetos em copos plásticos. O drone permite a liberação destes inimigos naturais de forma precisa, controlada e rápida. Por isto acreditamos no potencial e apostamos neste casamento. 
Portal Agrolink: Expectativas de expandir na próxima safra?
Eduardo Goerl: A preocupação da ARPAC é sempre conseguir entregar resultados ao produtor rural. Por isto mantemos relacionamento com nossos clientes e buscamos ouvir deles como foram nossas aplicações. Na mesma linha, investimos em pesquisa e desenvolvimento constante para aprimorar nossa solução e assim também trabalhamos nosso diferencial competitivo, que é a técnica de aplicação correta. As unidades de Piracicaba, Jataí e Sorriso foram inauguradas neste mês de Outubro para atender a próxima safra. Para a safra 2020/2021, pretendemos aumentar nossa presença nas unidades atuais, com mais equipamentos e pessoal, e estudamos abrir outros modelos de negócios.





15 usos dos drones na agropecuária:

1- Análise da plantação

É um dos usos mais conhecidos dos drones. Servem para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, falhas de plantio, excesso de irrigação, entre outros. São aliados a softwares para análise das imagens captadas. Do alto, é possível analisar a coloração da planta para detectar a presença de fungos, por exemplo.

2- Demarcação de plantio

Para saber em que área plantar, o drone é ideal já que proporciona uma visão do alto de forma fácil e ágil, podem analisar, de acordo com as imagens captadas, quais são as áreas de sua fazenda que estão mais propícias para a semeadura.

3- Acompanhar o desenvolvimento da safra

Para saber se a lavoura está desenvolvendo como o esperado, o "piloto" pode sobrevoar a plantação com a frequência desejada (a cada semana, por exemplo), captar as imagens e depois analisá-las cronologicamente no computador.

4- Pulverização

Essa função ainda está sendo desenvolvida, mas já há protótipos que conseguem embarcar até 18 litros de químicos. Essa aplicação feita pelo drone pode ser mais eficiente pela proximidade das plantas e mais segura por não ter um piloto embarcado. 

5- Acompanhamento de pastagem

Do alto, é possível saber quais pastos devem ser reformados e quais estão bons para uso. Se precisar de uma análise detalhada, é possível escolher pontos estratégicos da fazenda para coleta de solo, que será enviada para laboratórios.

6- Monitorar desmatamento

O sobrevoo oferece uma visão ampla de lugares distantes e de difíceis acessos. Logo, com essas pequenas máquinas é possível ir a lugares onde estejam ocorrendo desmatamentos e, com localização precisa, combatê-los.

7- Achar nascentes de água

Como algumas nascentes podem estar em matas fechadas, os drones podem ir a lugares de difícil acesso e encontrar a origem da água.

8- Descobrir onde abrir estradas

Também driblando o problema da mata fechada, é possível determinar do alto quais as melhores coordenadas para abrir estradas.

9- Vigilância

Pequenos e ágeis, foram criados para vigilância em guerras pelos governos, e também para a proteção de áreas vulneráveis como fronteiras. O mesmo uso pode ser adotado na fazenda para vigiar as divisas da propriedade.

10- Achar focos de incêndio

A proximidade do fogo é bastante perigosa e difícil para humanos. Por isso os drones conseguem sobrevoar incêndios para descobrir os focos do fogo e, consequentemente, controlá-los. A tecnologia foi usada para este fim no incêndio do Porto de Santos em abril de 2015.

11- Telemetria

É possível medir propriedades usando as imagens de alta qualidade do drone.

12- Tocar uma boiada

Esse uso ainda é pouco conhecido, mas já é possível tocar a boiada apenas com o drone e muita habilidade. Porém especialistas em bem estar animal ponderam sobre essa função do equipamento, que pode estressar os bichos, causando prejuízos.

13- Contar a boiada

Com as imagens aéreas é possível contar o rebanho sem precisar deslocar um peão para isso.

14- Busca de animais perdidos

Caso um animal se desgarre do rebanho, o drone pode buscá-lo e até tocá-lo de volta para o bando.

15- Facilita a venda da fazenda

Ao invés de deslocar o comprador para sua fazenda, é possível gravar imagens e levá-la para o interessado.





27.01.2020.

Cotações


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Site em fase de criação.


Pesquisas Agrícolas


Sabedoria em Agronegócios.

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Pesquisas Agropecuárias de Alto Nível




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A Climate Corporation, negócio de agricultura digital da Monsanto, anuncia nesta semana, 17 avanços tecnológicos que vão acelerar o pipeline global de pesquisa e inovação da empresa em 2018. Esses 17 projetos evoluíram de um total de mais de 35 que estão sendo conduzidos pela Climate; eles trazem avanços na área de diagnósticos de pragas e doenças, prescrições de fertilidade de solo e seleção de sementes.
"Nosso pipeline de inovação abrange muitas áreas de pesquisa e combinamachine learning, análise de dados e modelagem preditiva e pesquisas agrícolas em escala, para identificar as muitas variáveis que afetam a produtividade das culturas", explica Sam Eathington, diretor de ciências da Climate.
Segundo Eathington a empresa está usando ciência de ponta para criar ferramentas digitais que melhorem a produtividade nas propriedades rurais e gerem valor aos agricultores. "Com os recentes lançamentos da nossa plataforma Climate FieldView™, líder do setor, no Brasil, Canadá e Europa, estamos ampliando nossos esforços de pesquisas e acelerando a velocidade da inovação para fornecer aos agricultores informações ricas em dados para ajudá-los a otimizar os insumos e maximizar o rendimento".
Em janeiro de 2017, a Climate apresentou seu pipeline de inovação, trazendo mais de 35 projetos. O pipeline da Climate é o primeiro de seu tipo na indústria de agricultura digital. Em agosto de 2017, a empresa avançou sete projetos para novas fases do pipeline. Hoje, a Climate está divulgando a aceleração de outros 10 avanços de pesquisa e inovação, que combinam dados de campo exclusivos com ciência e análise de ponta, para fornecer suporte aos agricultores e auxiliá-los nas tomadas de decisões gerenciais.
Conheça as pesquisas que estão sendo avançadas pela Climate:



Prescrições de Fertilidade
Por meio do método de modelagem avançada, a Climate consegue abarcar a complexidade dos ciclos de fertilidade do solo, identificando e capturando processos que afetam os níveis de nitrogênio no campo; a ideia é auxiliar os agricultores a otimizar o uso de insumos em suas áreas. Nos Estados Unidos, os produtores já têm à disposição a prescrição de fertilidade para nitrogênio, fósforo, potássio e cal como o e a empresa continua investindo em esforços de pesquisa em todo o mundo para oferecer prescrições de fertilidade para outras culturas, incluindo a soja, o trigo e a canola. Na América do Sul, a pesquisa em prescrições de sementes está avançando da fase de conceito para a de desenvolvimento.
Diagnóstico de pragas e doenças
Cerca de 40% da produção agrícola mundial é perdida por doenças, pragas e plantas daninhas. Porém, profundos conhecimentos sobre essas doenças podem ajudar os produtores a protegerem seus cultivos. Por meio de pesquisas de identificação de doenças, a Climate tem empregado inteligência artificial para diagnosticar doenças em culturas milho, soja e trigo. O método de machine learning tem tido excelente desempenho para categorizar estresses sofridos pelas plantas e em realizar o diagnóstico correto de doenças em smartphone ou tablet. Nos Estados Unidos, as soluções de diagnóstico de doenças do milho já estão avançando da fase de desenvolvimento para pré-comercial.
À medida que a Climate Corporation continua expandindo suas tecnologias digitais para ajudar mais agricultores a terem acesso a informações agronômicas avançadas, ela acrescenta novas camadas de dados para alimentar seu mecanismo de pesquisa e inovação, permitindo o desenvolvimento de novos recursos aos agricultores.
Lançada em 2015, nos Estados Unidos, a plataforma Climate FieldView está em mais de 48.5 milhões de hectares com mais de 100 mil usuários nos Estados Unidos, Brasil e Canadá. Em outubro de 2017, a empresa anunciou o lançamento da plataforma Climate FieldView no oeste do Canadá e, logo depois, seu lançamento pré-comercial em regiões da Europa, incluindo a Alemanha, França e Ucrânia. Tornou-se a plataforma mais amplamente conectada da indústria e continua a se expandir para novas regiões em todo o mundo, com planos de expansão para a Austrália, Argentina e África do Sul nos próximos anos.
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Fonte: Comunicação Monsanto

Prescrições e seleção de sementes